2022, será que ainda precisamos lutar por direitos fundamentais?
Resumo da primeira semana de março:
1. Uma participante do BBB perguntou se poderia beijar o brother ficante em situações extra-festa. Isso mostra uma dinâmica abusiva, em que ela aceita migalhas e ele só a considera uma mulher beijável se estiver bêbado. O Brasil tá vendo e nós também: mulheres que não são consideradas o padrão, que não servem como troféu para o macho alfa, historicamente, têm o seu valor social reduzido. E é por isso que precisamos empoderar todos os tipos de corpos, belezas, etnias.
2. Roubo intelectual: Um estudante de Psicologia foi acusado de plagiar os trabalhos acadêmicos de uma psicóloga que, há mais de 20 anos, estuda as relações de gênero. A ironia -- ou cara de pau -- é que o influenciador se apresenta como um pensador das novas masculinidades e, pra fazer o desconstruidão, ele rouba as ideias de uma mulher! Ele não é o único e isso não acontece só na "terra de ninguém" que é a internet. Tá cheio de chefe e colega roubando ideias e levando o crédito pelo trabalho feminino. O empoderamento profissional se faz necessário: dar destaque e visibilidade às mulheres evita o silenciamento.
3. "Elas são fáceis porque são pobres"
Esse episódio é o mais triste. O áudio vazado de um deputado mostra como a vulnerabilidade financeira faz com que as mulheres sejam tratadas como mercadorias. Ele disse que as ucranianas na fila de refugiados oferecem pouca resistência à abordagem sexual masculina. Nada novo sob o sol! Em tempos de guerra, as mulheres são consideradas parte do território dominado e propriedade do dominador. Nada a ver com sexo e tudo a ver com poder.
Se nada disso faz parte do seu mundo, como não faz parte do meu, por favor, entenda: nós somos privilegiadas e não somos a regra, somos exceção. O mundo ainda está longe de ser um lugar seguro para todas as mulheres, por isso não se engane: enquanto não for bom para todas, todas corremos risco.
Se essa não é a sua realidade, pelo menos não negue a de quem é.
Faça a sua parte e não se cale diante da injustiça.
Негізгі бет 3 tipos de empoderamento que evitam relações abusivas
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