No dia primeiro de setembro de 1859, os astrônomos ingleses Richard Carrington e Richard Hodgson decidiram mirar o telescópio em direção ao Sol.
Nesse momento, o Sol já estava em atividade por vários dias em um nível difícil de acreditar.
Carrington, que mais para frente teria o seu nome registrado na história para denominar esse evento, viu uma erupção solar e uma matéria sendo emitida da coroa solar.
Após 18 horas depois do ocorrido, na Terra ocorreu a maior tempestade geomagnética já registrado na história.
Os céus da Terra ficaram claros e coloridos como uma Aurora.
Como o céu começou a brilhar, nas Montanhas Rochosas os caçadores de ouro despertaram e começaram a preparar o café da manhã ainda na madrugada.
Eles provavelmente pensaram que já tinha amanhecido.
A noite estava tão clara que era possível até ler os jornais.
Além disso, os dois operadores, um em Boston e outro em Portland, conseguiram se comunicar por 2 horas mesmo com o telégrafo elétrico desligado.
Em muitos lugares começaram a sair faíscas dos postes de energia, chegando a ter ocorrências de incêndio.
Se ocorrer uma erupção como essa neste momento, o resultado será pior.
Ocorreriam quedas de energia, máquinas iriam queimar e aconteceriam acidentes de transportes.
Nós que temos um vizinho imprevisível como o Sol bem ao nosso lado, não podemos nos descuidar nunca.
Programa Living With A Star (LWS)
Na verdade, os cientistas estão constantemente de olho no sol e tentam observá-lo o mais detalhadamente possível.
O programa Living With A Star (Viver Junto Com Uma Estrela), cuja sigla é LWS, utilizam sondas como Solar Dynamics Observatory, Parker Solar Probe e Solar Orbiter para monitorar o Sol.
O objetivo desse projeto é investigar o Sol e descobrir de que forma os eventos que acontecem no Sol acabam por influenciar a Terra e aos seres vivos no geral.
Os aparelhos de LWS devem avisar à humanidade os fenômenos de alta carga de energia como ao de Evento Carrington.
Baseado nos dados que forem coletados, os homens conseguiram construir peças eletrônicas mais estáveis para serem utilizados em comunicação e transporte espacial.
SDO: The Solar Dynamics Observatory
O Solar Dynamics Observatory (SDO) foi a primeira sonda lançada pelo Programa LWS para estudar os processos do Sol.
Essa sonda de observação foi lançada em 11 de fevereiro de 2010 e inicialmente estava prevista para ser operada por um período de 5 anos e 3 meses, mas ela continua em atividade até os dias de hoje e segundo o planejamento dos cientistas, é possível continuar na missão até o ano de 2030.
Além de interessante, é uma missão importantíssima.
O SDO possui 3 instrumentos de observação e consegue estudar o Sol por diferentes espectros.
Ou seja, se utilizar o SDO, é possível observar diversas camadas do Sol simultâneamente.
Erupção Solar
Tudo começa com os registros de ondas com comprimento de 9.4 nanômetros.
É um ótimo momento para observarmos a erupção solar.
Esse é um ponto que aparece repentinamente na superfície solar e continua a aumentar sua intensidade sem parar.
Nas imagens com os ângulos ideais, podemos ver a explosão dos plasmas.
Na erupção solar de alta intensidade, são emitidas energias que chegam a 1/6 de toda a superfície solar.
Coroa
A coroa solar é a camada externa do Sol composto por plasma.
Tecnicamente falando, outros planetas além da Terra também entram no seu raio.
A parte com a temperatura mais alta e próxima do sol é melhor observada nos comprimentos de onda entre 13.1 a 21.1 nanômetros.
Essa camada externa do Sol pode ser vista sem o auxílio de Solar Dynamics Observatory.
Basta esperar o próximo eclipse solar.
Cromosfera
Abaixo da coroa solar, existe uma camada chamada cromosfera que se estende por 2000 km.
Com o comprimento de onda de 30.4 nanômetros parece uma bola vermelha com temperatura elevadíssima, mas na verdade a sua temperatura não é tão alta com a máxima de 50 mil Kelvin.
Perto da coroa solar que tem milhões de graus, não é nada!
Da cromosfera, são emitidas matérias constantemente.
Fotosfera
Vamos observar o sol no comprimento de onda de 160 a 450 nanômetros.
Esse é o comprimento ideal para se observar a fotosfera que é uma camada de relativamente baixa temperatura, com 5000 Kelvin.
Os grânulos são células de convecção e transferem o calor do planeta de dentro para fora.
A partícula clara que está subindo é a corrente de plasma e a parte escura no canto é a que está descendo.
A Fogueira de Campo do Sol
Agora, estamos nos aproximando de uma das partes mais misteriosas.
No dia 10 de fevereiro de 2020, a ESA (Agência Espacial Europeia), realizou o lançamento de Solar Orbiter, que contou com a ajuda da NASA em seu desenvolvimento.
A sua missão é voar o mais próximo possível do Sol e pesquisar áreas que não são possíveis de serem observados pela Terra e outras áreas.
Regulando a gravidade, a sonda foi projetada para chegar a órbita do sol, escanear a mesma área a cada sobrevoo registrar a evolução da superfície solar.
Негізгі бет A Parte Mais Profunda do Sol
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