A adaptação muscular ao treinamento físico depende de uma série de alterações bioquímicas, celulares e fisiológicas. Além disso, a dieta e fatores individuais podem afetar os fenômenos relacionados à adaptação à prática de atividade física.
Não importa qual seja o tipo de exercício (aeróbico ou anaeróbico), todas estas alterações ocorrerão em maior ou menor grau. Isto depende, também, do tipo de fibra mais significativamente envolvida no movimento executado.
Neste vídeo, trago onze (11) alterações relacionadas, direta ou indiretamente, ao metabolismo muscular no cotexto da atividade física:
1) Aumento na quantidade de proteínas musculares: o exercício estimula a produção de proteínas nas fibras musculares, aumentando a força, a resistência e o diâmetro destas células, dentre outros efeitos. São produzidas, em maior quantidade, a actina, a miosina, a troponina, a titina, e as proteínas do citoesqueleto;
2) Aumento na quantidade de mioglobina: esta é uma proteína que contém grupo heme (que contém ferro) na estrutura. A mioglobina armazena gás oxigênio nas fibras musculares e também dá cor avermelhada àquelas células;
3) elevação na quantidade e/ou na atividade de enzimas envolvidas no metabolismo energético muscular. Sabe-se que a prática disciplinada de exercícios aumenta a atividade de enzimas como creatina cinase e do metabolismo de glicogênio, da glicólise, do ciclo de Krebs, dentre outras;
4) aumento na concnetração de glicogênio muscular. O glicogênio é um polímero de glicose. Armazena este carboidrato para consumo assim que elevam-se as concentrações de íons cálcio e/ou de AMP no citoplasma da fibra muscular. Além disso, tem sua degradação estimulada por adrenalina;
5) aumento no número de mitocôndrias. Esta alteração é importante para a fase de recuperação de qualquer tipo de fibra (de contração rápida ou de contração lenta) e para a manutenção do exercício aeróbico;
6) aumento na produção de creatina. O organismo passa a produzir mais creatina que, na forma fosforilada (creatina fosfato), colabora na transferência de energia necessária para o início da contração (primeiros segundos);
7) aumento no número de capilares (angiogênese). Com o tempo, eleva-se o número de capilares nos músculos treinados, contribuindo não apenas na entrega de gás oxigênio, de hormônios e de substratos energéticos, mas também na remoção de moléculas e íons não mais necessários;
8) aumento no consumo de ácidos graxos e de aminoácidos no repouso. Na ausência de contrações vigorosas, o músculo encontra-se em repouso e em bom estado de oxigenação. Assim, pode consumir, nas mitocôndrias das fibras musculares, ácidos graxos e alfa-cetoácidos derivados de aminoácidos como substratos energéticos. Além disso, eleva-se o consumo de aminoácidos, nas fibras musculares, devido ao aumento na síntese de proteínas diversas;
9) diminui a formação de ácido láctico. Ou a formação diminui ou sua remoção aumenta. Fato é que a sensação de ardência, comum quando alguém decide iniciar a prática de exercícios físicos, diminui ao longo dos meses de treinamento. Menos ácido láctico se acumula na vizinhança das fibras, diminuindo a sensação desagradável de "queimação";
10) o fígado "treina" junto! Adaptações hepáticas ao treinamento físico envolvem, não apenas, aumento na velocidade do ciclo da ureia (para eliminação de amônia oriunda de aminoácidos e de nucleotídeos musculares), da gliconeogênese e do metabolismo de glicogênio;
11) aumenta a mobilização e o consumo de reservas oriundas do tecido adiposo. Ao diminuir a adiposidade, cai a chance de o tecido adiposo exercer seu papel como pró-inflamatório.
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Негізгі бет Alterações metabólicas nos músculos: adaptações ao treinamento físico
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