1990. Para a maioria das pessoas, a palavra BLUES se confunde com nomes como B. B. King, Robert Cray ou Buddy Guy. Sem dúvida, estes músicos merecem o destaque que recebem: são mestres incontestáveis do gênero. Mas mestres não nascem de geração espontânea. Um dia, evidentemente, eles também já foram discípulos. De quem? Esta é a pergunta que este documentário procura responder.
Aqui estão alguns dos mestres dos mestres, nomes desconhecidos do grande público mas absolutamente essenciais para quem deseja conhecer a sonoridade autêntica do BLUES. De Chicago ao Delta do Mississippi, esta coletânea reúne alguns dos últimos expoentes daquilo que convencionou-se chamar de BLUES da raiz: uma música extraordinariamente bela porque extraordinariamente simples - às vezes um violão, às vezes uma gaita, quase sempre uma voz rouca. Em comum, a capacidade de transformar em música a memória de toda uma raça. O BLUES é uma criação essencialmente negra, e a história do negro na América não é uma aventura suave. Como contá-la? Certamente não com as palavras do branco. Nas plantações de algodão do Sul dos EUA, pessoas como James Son Thomas, Jack Owens e Sunnyland Slim ajudaram a inventar um novo idioma para recitar sua própria memória. Com palavras precárias e um inglês alquebrado conseguiram render com justiça a história de uma existência quase sempre sombria.
Este idioma, capaz de transformar em dor cantada a dor sentida, ganhou um nome. Nós o conhecemos como BLUES.
(João Moreira Salles)
Ficha Técnica:
uma produção videofilmes
direção e produção executiva: joão moreira salles
direção de produção: monika piotrowska aranha
editor e câmera super 8: joão paulo de carvalho
diretor de fotografia e câmera super 8: walter carvalho
assistente de câmera: flavio zangrandi
gravado em chicago, illinois e clarksdale, mississippi (maio junho 1990)
engenheiro de som: stuart deutsch
editado e mixado no: seagrape recording studio, chicago, illinois engenheiros: (seagrape) tom haban e david trumfio
masterização: michael frank
montagem/masterização final: denilson campos
honeyboy edwards, sam carr e big jack johnson gentilmente cedidos por earwig music company, chicago, illinois
agradecimentos especiais:
michael frank / earwig music company
jim o'neal / stackhouse /rooster
blues records/ clarksdale
unibanco/new york
v&j lounge / chicago
dave sorensen / post effects
direção de arte: marcia ramalho
assistida por: ricardo leite
fotos do encarte: walter carvalho
foto da capa: joão paulo de carvalho
Негізгі бет Blues (pain created to heal pain) Documentário
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