Como Emílio Médici morreu?
Emílio Garrastazu Médici foi um militar e político brasileiro que governou o país entre 1969 e 1974, durante a ditadura militar. Seu governo foi marcado pelo crescimento econômico, mas também pela intensa repressão e censura aos opositores do regime.
Médici nasceu em Bagé, no Rio Grande do Sul, em 4 de dezembro de 1905. Era filho de Emílio Médici, um imigrante italiano, e Júlia Garrastazu, uma descendente de bascos. Seu pai era comerciante e fazendeiro e sua mãe descendia de ricos estancieiros.
O Rio Grande do Sul, estado onde Médici nasceu e cresceu, era conhecido na época por ter uma forte tradição militar e uma cultura agrária expressiva. Isso pode ter influenciado seu futuro envolvimento na carreira militar e na política.
Ao longo das décadas seguintes, Médici progrediu consistentemente em sua carreira militar. Ele assumiu uma série de posições em unidades do Exército Brasileiro, acumulando experiência prática e conhecimento em várias áreas.
Médici continuou a progredir nas patentes do Exército Brasileiro, atingindo o ápice de sua carreira, ao ser promovido a General de Exército.
O governo de Médici foi caracterizado pelo auge da ditadura militar no Brasil. Seu governo teve um desenvolvimento econômico notável, e ao mesmo tempo, por uma intensa repressão política. Durante seu mandato, o país passou por uma série de mudanças significativas, que tiveram um impacto duradouro na sociedade brasileira.
O período conhecido como "Milagre Econômico Brasileiro" marcou a presidência de Médici. Sob sua liderança, o Brasil experimentou um crescimento econômico impressionante, impulsionado por investimentos maciços em setores-chave, como infraestrutura, agricultura e indústria. Essa abordagem resultou em um aumento notável no Produto Interno Bruto do país, e no desenvolvimento de importantes projetos de infraestrutura, como a construção de estradas e usinas hidrelétricas.
No entanto, o crescimento econômico foi acompanhado por uma repressão política implacável. O governo de Médici intensificou a perseguição a opositores políticos, resultando em prisões arbitrárias, torturas e desaparecimentos forçados. Órgãos de repressão, como o DOI-CODI, foram amplamente utilizados para sufocar movimentos de resistência e silenciar críticos do regime.
O regime também adotou uma política de censura rigorosa à imprensa e à liberdade de expressão. A propaganda do governo reforçou a ideia de lealdade ao regime, criando uma atmosfera de apoio ao governo militar. A frase, "Brasil, Ame-o ou Deixe-o" se tornou emblemática desse período, refletindo a narrativa oficial que buscava marginalizar os críticos do regime.
Internacionalmente, Médici buscou fortalecer os laços diplomáticos do Brasil, promovendo o comércio exterior e adotando uma postura de não-alinhamento nas relações internacionais. No entanto, as políticas repressivas do governo muitas vezes encoobriu essas ações, atraindo críticas internacionais e afetando a imagem internacional do Brasil.
Seu tempo na presidência do Brasil, durou até 1974, quando foi substituído por Ernesto Geisel, também escolhido pelo Alto Comando das Forças Armadas.
Após deixar a presidência Médici manteve uma participação relativamente baixa na esfera pública. Ele se retirou da vida política ativa e passou a viver uma vida mais reservada.
Médici não esteve envolvido em posições públicas ou cargos de destaque após seu mandato presidencial. Isso marcou uma diferença em relação a alguns outros ex-presidentes do Brasil, que muitas vezes continuaram a desempenhar papéis significativos na política ou em outras áreas após deixarem o cargo.
Em relação à sua saúde, sabe-se que Médici enfrentou problemas de saúde durante seus últimos anos. Em 1985, foi internado no Hospital Central do Exército, no Rio de Janeiro, com problemas cardíacos. Ele morreu em 9 de outubro de 1985, aos 79 anos, vítima de insuficiência renal aguda e respiratória, devido a um Acidente Vascular Cerebral.
Após sua morte, Médici foi velado e homenageado por figuras políticas, familiares e parte da sociedade brasileira. Porém devido à complexidade do período de sua presidência, e à natureza controversa das políticas e ações do governo, o funeral de Médici refletiu as divisões e tensões presentes na sociedade brasileira na época.
Seu falecimento marcou o fim de um capítulo na história do Brasil, uma vez que ele havia sido o terceiro presidente durante o regime militar que governou o país por quase duas décadas, de 1964 a 1985. Seu legado e o impacto de seu governo, tanto em termos econômicos quanto políticos, continuaram a ser objeto de análises e debates na sociedade brasileira.
E foi assim que Emílio Médici morreu.
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Até o próximo vídeo !!!!
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