Como o Garrincha morreu?
Garrincha , apelido de Manoel Francisco dos Santos , nasceu no dia 8 de outubro de 1933 em Pau Grande, Brasil. Ele é considerado por muitos especialistas em futebol como o melhor ponta-direita na história do esporte.
Mané como era chamado por seus amigos, jogou ao lado de grandes estrelas como Pelé e Didí, juntos conquistaram as Copas do Mundo de 1958 e 1962.
Mesmo com um grande sucesso dentro dos gramados e tendo a admiração de milhões de brasileiros, a vida de Mané foi de altos e baixos, até mesmo dentro do futebol Garrincha passou por momentos de dificuldades. Uma lesão maltratada no joelho e o alcoolismo que começou a ficar fora de controle, fez com que as boas atuações de Mané tornasse algo esporádico, e acabou levando o jogador a deixar o Botafogo, antes mesmo do Mundial de 1966.
Com sua saída do time que o tornou conhecido no mundo todo, Garrincha nunca mais encontrou o bom futebol. Jogou pelo Corinthians, Flamengo e Vasco com passagens muito apagadas, nem de longe lembrando o jovem Garrincha do Botafogo e da Seleção Brasileira.
Mané até mesmo chegou a jogar em times muito pequenos, e alguns até amadores. A presença de Garrincha nesses jogos estava muito mais relacionado a sua figura de campeão mundial do que por seu futebol.
Os últimos 20 anos de vida de Garrincha , foram bastante melancólicos, seu vício em álcool, tomou conta de sua vida, e trouxe muitas consequências para seu ambiente familiar, o próprio Garrincha tentou tirar a vida por duas vezes, e sofreu três acidentes de carrro, num desses acidentes a própria mãe de sua companheira Elza Soares, acabou falecendo. Mané foi condenado a dois anos de prisão, com direito a "sursis", por homicídio culposo, e absolvido em 1971.
Seu relacionamento com Elza Soares, foi ficando cada vez mais turbulento com o passar dos anos, a própria cantora sofria agressões físicas por parte de Garrincha. Inclusive, Elza chegou a ficar com os dentes quebrados, depois de sofrer constantes agressões, mas ela preferiu nunca denunciar o marido. A união entre Mané e Elza durou dezesseis anos, até 1982, terminando devido aos ciúmes, traições, agressões e humilhações a que Elza era submetida.
Com o fim da união, o comportamento de Garrincha continuou o mesmo, ele havia sido hospitalizado oito vezes no ano anterior à sua morte, ele estava arruinado física e mentalmente.
Os últimos dias de vida de Mané foram regados a álcool, perambulando de bar em bar pela vizinhança, em Bangu, onde morava numa casa alugada pela Confederação Brasileira de Futebol. Bebeu do domingo, 16, até o dia 19 de janeiro de 1983: uma quarta-feira. Na noite desse dia Garrincha procurou o pronto atendimento de um posto de saúde público. Aparentava estar embriagado e ao ser reconhecido foi transferido para uma clínica particular que tratava doenças mentais, às 6 da manhã do dia 20 de janeiro foi declarado morto.
Garrincha faleceu aos 49 anos, em 20 de janeiro de 1983, vítima de cirrose hepática, em coma alcoólico no Rio de Janeiro.
Mané morreu sozinho e pobre, mesmo depois de ser considerado um herói nacional e ser adorado por uma nação inteira. O homem que com seus dribles arrancava gargalhadas dos torcedores nas arquibancadas, foi velado na presença de uma multidão no Maracanã, que observava o ídolo sem vida num caixão. Garrincha foi alegria de muitos, mas morreu triste por não ter driblado um único adversário, o mais cruel e letal, o vício.
E foi assim que Garrincha morreu !
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Até o próximo vídeo !!!!
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