O Adriano foi infectado com o HIV aos 10 anos de idade em meio à epidemia da AIDS, na década de 80. Na época, receber esse diagnóstico era uma sentença de morte. Imagina para uma criança entender o que estava acontecendo?
O Adriano nasceu com hemofilia, uma condição que afeta a coagulação do sangue. Por conta dessa deficiência, ele foi uma criança que não podia se machucar.
Em 1985, no início da epidemia da AIDS, todas as pessoas com hemofilia foram testadas porque o medicamento usado por elas era um derivado de sangue.
Nisso, o Adriano e tantos outros hemofílicos descobriram que viviam com HIV. Muitos deles em estágio de AIDS, assim como o Adriano, que tinha acabado de completar 10 anos.
Devido à falta de informação na época, o diagnóstico foi bastante confuso. Os médicos acreditavam que a AIDS era contagiosa ao nível de infectar as pessoas pelo toque, e pediram para que a mãe do Adriano separasse até a roupa de cama.
O Adriano cresceu muito revoltado porque a desinformação o impediu de fazer coisas básicas, como estudar e trabalhar. Além disso, muitas pessoas evitaram se relacionar com ele.
O Adriano viveu mais de 20 anos em estágio de AIDS. Muitos namoros foram ralo abaixo quando o Adriano abria sua sorologia. A única pessoa que olhou para o Adriano para além do diagnóstico foi Lucrécia, sua esposa há 17 anos.
Em 2010, o Adriano recebeu o primeiro exame informando que ele não vivia mais em estágio de AIDS e hoje, com o avanço tecnológico do tratamento, ele é uma pessoa indetectável e intransmissível.
Isto é: o Adriano continua vivendo com o HIV, mas a quantia de vírus em seu sangue é tão pequena que ele não transmite o vírus para outras pessoas.
Lá atrás, os remédios eram usados para tratar as infecções causadas pela doença. Hoje em dia, a medicina evoluiu ao ponto de impedir a multiplicação do HIV no sangue.
Estar com a carga indetectável foi uma baita virada na vida do Adriano, pois pela primeira vez, ele passou a fazer planos.
Hoje, o HIV é apenas um coadjuvante na vida do Adriano e seu diagnóstico não o impede de mais nada. Somente a falta de informação e o preconceito é que limitam a vida das pessoas que estão vivendo com o HIV.
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Негізгі бет DESCOBRI O HIV AOS 10 ANOS DE IDADE | Histórias de ter.a.pia
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