Quantas vezes você já errou aparando a barba sozinho em casa? O que você sente quando isso acontece? Raiva? Frustração?
Acredito que isso acontece quando a gente está na busca port um padrão ideal, que na verdade não existe.
Nas últimas vezes em que eu aparei a barba, eu estava com pressa, pensando em outra coisa, sem foco nenhum no que eu estava fazendo. No automático.
Fui tentar um freehand, cortei mais curto onde eu não queria e no final ficou assim: cada pelo de um tamanho, sem estrutura, bangunçada.
Pensei: "Tá aí a oportunidade pra mudar o visual de novo. De repente deixar só o bigode...".
Então eu comecei a pensar sobre isso: a nossa relação com o erro, que nesse caso aqui foi aparar a barba, mas pode ser qualquer coisa.
Eu sei que a maioria dos caras ficaria bem chateada. Eu já fiquei muito.
Quantas vezes a gente já não trocou uma ideia nos comentários ou em lives sobre um barbeiro que fez uma cagada, ou quando você mesmo errou e com raiva acabou tirando tudo?
Dia desses eu tava respondendo comentários aqui no canal e em um vídeo em que eu tirei a barba lenhador que eu tava usando e deixei um Beardstache, tinha um comentário de um cara zoando "taí um tutorial de como estragar um barba".
Tirando a zoeira, fiquei pensando no que tá por trás dessa ideia de que diminuir o tamanho e deixar só o bigode seria considerado um erro.
Acho que isso mostra muito a influência e o peso que a gente carrega em uma sociedade que vê o homem como um ser que tem que ser obrigatoriamente viril, o que é bruto, forte, tem uma barba grande, cheia, volumosa. Essa imagem do chamado Homem de Verdade.
E qualquer coisa fora desse padrão é considerada menor, errada.
Isso só gera frustração e uma corrida pra se encaixar num padrão. Isso pode acabar com a autoestima. No fim das contas a questão aqui é a autoestima.
É muito bom quando a gente tá com a autoestima lá em cima. Ter uma relação boa com a gente mesmo automaticamente melhora a nossa relação com os amigos, em casa, no trabalho.
Mas é muito difícil a gente alcançar essa autoestima se a régua é sempre a do outro, ou a do grupo em que a gente tá inserido. É a preocupação do que o outro vai pensar, como ele vai te julgar. E aí a gente acaba julgando igual.
E eu acho que a gente só consegue descobrir a nossa própria régua, gostar daquilo que vê no espelho de verdade, e do que sente em relação a nós mesmos quando quando a gente consegue se sentir mais seguro pra experimentar, não se levar tão a sério, descobrir o que a gente pode gostar em nós mesmos, e que pode ser muito diferente do padrão.
E cara, uma coisa eu te digo, sempre que eu mudei total o visual, eu podia até não gostar muito do resultado final, mas isso não significava que a autoestima caía.
Assumir o erro e simplesmente olhar e falar: "bom, nunca mais vou deixar assim porque não ficou do jeito que eu achava que fosse ficar" é libertador. Porque OK, vai crescer de novo e AGORA minha cara tá desse jeito. Certeza que vai ter um monte de gente aí que vai gostar e talvez eu até mude de ideia.
Mas o lance é interno. É usar esse "erro" pra se conhecer um pouco mais e perceber como isso muda sua relação com você mesmo e com os outros.
Mas essa foi a minha experiência e um pouco do que tenho pensado a respeito. Gostaria de continuar esse papo com você nos comentários. Me conta como você reage ao erro? Como isso tem influência na sua autoestima? Bora trocar uma ideia!
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