Patente ao público na biblioteca da Escola Superior Agrária do Politécnico de Castelo Branco, a exposição “Mulheres Naturalistas do Passado” reúne catorze aguarelas de Luísa Ferreira Nunes, homenageando não só algumas das pioneiras que se dedicaram à exploração científica do mundo natural, mas também as descobertas, por vezes esquecidas ou ignoradas, que estas fizeram sobre a fauna ou a flora. 👩🎨🐞
🦎 A paixão pelo naturalismo tem levado a docente daquela unidade orgânica do IPCB a realizar diversas expedições em regiões remotas do globo, experiências visualmente transpostas para quase duas dezenas de livros, entre os quais se destaca o “Diário da Natureza”, publicado todos os anos no formato de agenda.
🦎 Depois de “Naturia Secreta”, dedicada aos insetos-joia, a mais recente mostra da ilustradora científica, especializada em biomimetismo e ecologia de insetos, foca-se nas histórias de mulheres que, em disciplinas como a botânica, zoologia, entomologia, paleontologia ou biologia marinha, têm vindo a enriquecer o conhecimento sobre a biodiversidade do planeta através das suas observações e, em muitos casos, desenhos.
🦎 A Jane Goodall, que estudou a vida social dos chimpanzés da Tanzânia, juntam-se os retratos de Hatshepsut, Jeanne Villepreux-Power, Mary Anning, Helen Beatrix Potter, Emily Arnesen, Majory Courtenay-Latimer, Rachel Louise Carson, Ellen Clark, Pauline Reilley ou Anne Christine Innis Dagg.
🦎 As preferências da autora recaem sobre outras três mulheres cientistas que “se aventuraram em formas de viver não comuns no seu tempo”: Maria Sibylla Merian, entomóloga alemã do século XVII que, “pela ousadia nas observações e registos” de plantas e répteis ou das metamorfoses dos insetos da América do Sul, num toque “romântico e exótico”, transporta a arte para a ciência; Jeanne Baret, francesa do século XVIII, “primeira mulher conhecida a circum-navegar o globo, disfarçada de marinheiro”, “colecionando plantas durante todo o percurso”; a inglesa Marianne North, que no século XIX “embarcou sozinha numa viagem à volta do mundo com o objetivo de pintar plantas nativas nos seus habitats naturais”, deixando ainda como legado os diários onde faz detalhadas descrições e relatos sobre as pessoas, locais e costumes.
🦎 “Ao reconhecermos as suas contribuições inspiramos as mulheres de hoje a seguirem o seu espírito aventureiro, cultivando a curiosidade pelo que nos rodeia”, refere Luísa Nunes. “Elas não apenas identificaram e estudaram espécies, como se tornaram parte desse conhecimento, deixando um legado que permanece como um exemplo de perseverança”.
🦎 Com entrada livre, a exposição a cargo do Centro Ciência Vida da Floresta, e exibida em simultâneo em Proença-a-Nova e na Belmont House/National Trust (Reino Unido), pode ser visitada até 8 de junho, de segunda a sexta-feira, entre as 9:00 e as 17:30.
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