Ercília Ferreira veio da sua aldeia muito jovem para trabalhar na Fábrica de Material de Guerra de Braço de Prata, onde esteve durante cerca de três anos. Esta foi a melhor experiência de trabalho que teve. Todos os dias entravam novos funcionários e Ercília recorda do dia em que, com 18 anos, se foi ao escritório da fábrica apresentar-se. Naquela altura a maioria dos trabalhadores era muito jovem. O trabalho pesado ficava para os homens e o mais leve para as mulheres. A entrada na fábrica era às 8h e a saída às 18h, com uma hora para almoço. O refeitório servia o almoço e depois iam um bocadinho para a rua. Davam-se todos bem e era como se fossem uma família.
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