“MAIS DO QUE RECONCILIAÇÃO NACIONAL, PRECISAMOS DE COESÃO SOCIAL PARA ENFRENTAR UM INIMIGO AINDA OCULTO”
O Presidente Joaquim Chissano, Antigo Chefe de Estado e Patrono da Fundação Joaquim Chissano, falando hoje, durante a apresentação do tema, Consensos de Estado e Agenda da Nação sobre Paz e Reconciliação Nacional: Situação da Agenda 2025, Infraestruturas de Paz e os Desafios para implementação de uma Política Nacional de Paz, Reconciliação e Desenvolvimento em Moçambique, na 2ª Conferência Nacional do Alto Nível sobre Paz, Segurança e Desenvolvimento, defendeu que para que haja uma paz e segurança é preciso que a coesão social seja efectiva para enfrentar o inimigo oculto (Terrorismo) que está afectando alguns distritos da província nortenha de Cabo Delgado, desde Outubro de 2017.
“Em contextos de conflitos e insegurança, a coesão social é um elemento relevante” Chissano, discursando, segunda-feira, em Maputo, na 2ª Conferência Nacional de Alto Nível sobre Paz, Segurança, Reconciliação e Desenvolvimento em Moçambique, evento organizado pela Organização Para a Promoção da Paz e Desenvolvimento Humanitário (ORPHAD). Sublinhou ainda que “tendo em conta o conflito que afecta Moçambique (Terrorismo), mais especificamente Cabo Delgado, mais do que reconciliação nacional, precisamos de coesão social para enfrentar um inimigo ainda oculto (o terrorismo).”
Destacou que a coesão social edifica mecanismos de resiliência das comunidades, das sociedades e dos Estados, visto que proporciona a segurança social, a solidariedade, reforça as relações e o sentido de solidariedade comunitária e nacional. O antigo estadista referiu que a reconciliação nacional é um elemento basilar no processo de construção de uma paz durável e estável e que no processo de reconciliação nacional, os religiosos têm um papel importantíssimo por trata-se de uma realidade que provém também do campo religioso.
O DIÁLOGO, A PROMOÇÃO DA IGUALDADE, RESPEITO E COMPREENSÃO ENTRE OS ACTORES POLÍTICOS SÃO CAMINHOS SEGUROS PARA PAZ
“A Paz implica, necessariamente, compromissos e consensos de longo prazo sobre a agenda nacional. Como moçambicanos, temos a obrigação e a responsabilidade de cidadania, de contribuirmos para o projecto de vida que é abraçado por todos e que resulte em bem-estar para todos os moçambicanos”, anotou.
Salientou que a Paz e segurança social assenta em elementos relacionados com a identidade e unidade nacional e engajamento comunitário em questões críticas, e que o diálogo é um condimento importante para incorporar o interesse individual e, simultaneamente, transcendê-lo a um interesse maior e de grupo.
Na mesma ocasião, Chissano disse que temos que estar atentos às mudanças circunstanciais que surgirem, sejam elas das aspirações dos moçambicanos, dos fenómenos económicos e sociais, nacionais ou globais, incluindo as mudanças climáticas e o terrorismo, para que possamos, em tempo útil, ajustar o nosso querer colectivo.
“Temos ainda que saber aliar os ajustamentos necessários das mudanças circunstanciais à necessidade de nos concentrarmos e estarmos focalizados no Moçambique que queremos”.
Негізгі бет Joaquim Chissano, Antigo Chefe de Estado:MAIS DO Que RECONCILIAÇÃO NACIONAL,PRECISAMOS COESÃO SOCIAL
Пікірлер: 2