CONCERTO NEGRO SPIRITUAL
Coral João Wilson Faustini e Madrigal
Primeira Igreja Presbiteriana Independente de São Paulo
São Paulo, 28 de junho de 2024
Madrigal - Eu sou um pobre peregrino | Adapt: Delcir de Souza Lima | Arr:
Antonio A. Coutinho
A canção "Eu Sou Um Pobre Peregrino" lida com temas de peregrinação espiritual, refletindo a jornada de vida dos escravos que buscavam conforto e força em sua fé para enfrentar as adversidades. É um testemunho da luta, força, resiliência e de profunda espiritualidade dos afro-americanos durante um período de extrema opressão.
"Acima da minha cabeça ouço música no ar
Deve haver um Deus em algum lugar
Oh, quando as nuvens de tempestade se reúnem deve haver um Deus em algum lugar
Oh, quando os céus estremecem, deve haver um Deus em algum lugar."
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Negro Spiritual é um gênero musical originado nos Estados Unidos e criado pelos negros escravizados do final do século XVIII. Com movimentos rítmicos do corpo e palmas, cantavam como manifestação de dor e sofrimento pela condição em que viviam. Canções do estilo “negro spiritual” são hinos de resistência, união, fé e desejo de libertação que ecoam através dos séculos.
Ao entoarmos "O Salvador Batendo Está" ou "Ninguém Conhece Meu Labutar", estamos nos conectando a uma corrente histórica de fé e busca por liberdade. Essas canções, que muitas vezes serviram como códigos secretos para fugas e símbolos de resistência, hoje se transformam em cânticos de louvor e inspiração em nossas congregações. Elas nos lembram que a fé pode mover montanhas e que, mesmo nos momentos mais sombrios, há sempre uma luz de esperança.
A igreja no Brasil tem a responsabilidade e o privilégio de preservar e promover essa tradição musical. Incorporar os Negro Spirituals em nossos cultos e celebrações é um ato de reconhecimento e respeito pela nossa história e uma forma poderosa de educar as novas gerações sobre a importância da resistência e da solidariedade, valores centrais ao evangelho que professamos. Estamos lembrando que a luta pela igualdade e pelos direitos humanos é uma extensão natural da nossa fé cristã.
A escravidão deixou marcas profundas na sociedade brasileira cujas repercussões ainda são sentidas hoje. A herança da escravidão se manifesta nas disparidades socioeconômicas, na discriminação racial e na marginalização das comunidades negras, perpetuando ciclos de pobreza e exclusão. No entanto, essa história também deu origem a uma rica cultura afro-brasileira, que continua a influenciar a música, a religião, a culinária e muitas outras áreas da vida brasileira. A compreensão e o enfrentamento desse legado são essenciais para promover a verdadeira justiça social e a igualdade no Brasil de hoje, honrando a resistência e a resiliência daqueles que lutaram e continuam a lutar contra as injustiças históricas.
Que cada nota cantada e cada palavra proferida seja um testemunho vivo de nossa determinação em seguir o caminho de Cristo, que veio para libertar os cativos e trazer boas novas aos pobres e que como comunidade de fé possamos continuar a levantar nossas vozes inspirados pelos hinos dos nossos irmãos e irmãs afro-americanos e comprometidos em construir um mundo mais justo e amoroso para todos.
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