A Maitê Schneider passou pela transição de gênero na década de 1980 e quem sempre esteve ao seu lado foi seu pai, até nos momentos em que ela não queria mais viver. Esse amor incontestável por sua filha fez com que ela hoje esteja à frente da Transempregos, ao lado de outras pessoas trans, muitas em situação de vulnerabilidade e que são excluídas do mercado de trabalho por serem quem são.
Os pais da Maitê tiverem três filho, sendo ela a do meio. Ainda novinha ela se identificava muito mais com o gênero da sua irmã mais nova, mas por ter sido designada menino quando nasceu, ela se sentia obrigada a imitar o irmão mais velho para não sofrer preconceito na escola ou na rua. Mas essa pressão de ser quem se é levou a Maitê a desistir da vida.
Quando seu pai percebeu que ela estava infeliz tentando ser quem não é, levou ela a um terapeuta e um psiquiatra, até mesmo para entender o que estava acontecendo. Era a década de 1980 e não havia tantas informações sobre transexualidade. Ali Maitê e sua família descobrem que ela era transexual e o mundo se abre a novas possibilidades.
Não foi um caminho fácil, mas sua família, em especial seu pai, acolheu e defendeu sua filha sempre que pôde. Ainda no início da transição da Maitê ele sempre fez questão que as pessoas respeitassem sua identidade.
Maitê então vai para a faculdade de Direito, sempre se esforça para ser uma ótima aluna, sabendo que sua identidade seria justificativa para qualquer erro que ela pudesse cometer. Na busca de um estágio se depara com o preconceito escancarado. Nenhum dos grandes escritórios de advocacia de Curitiba queria contratar uma mulher transexual.
Isso abre caminho para a Maitê começar sua militância, que começa em um site o casadamaite.com, um dos primeiros sites sobre diversidade do Brasil, ainda na década de 1990. Sua trajetória de luta pelos direitos LGBTQIA+ cruza com as de outras militantes trans, Laerte Coutinho e Márcia Rocha, e as três lançam a Transempregos, a primeira plataforma de empregabilidade de pessoas Trans do Brasil que há 9 anos busca solucionar o grande problema de acesso à educação e emprego pela população trans.
Pode parecer que não, mas o apoio do seu pai e da sua família lá atrás, que não deixaram Maitê desistir de sua vida, fizeram com que ela chegasse aqui hoje, sendo ponto para outras pessoas trans conseguirem chegar onde ela chegou.
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Негізгі бет MAITÊ SCHNEIDER: MEU PAI NÃO DESISTIU DE MIM MESMO QUANDO EU DESISTI | Histórias de ter.a.pia
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