A fé na força das divindades africanas foi trazida pelos nossos ancestrais e é preservada por aqueles que continuam a seguí-la. O programa ‘Fé’, segundo episódio da série ‘Mojubá’, nos mostra que conhecer a origem dessa crença é conhecer parte de nossa história. A fé é revelada como instrumento de resistência, componente da identidade cultural de um povo. Veja como a religiosidade pode ser um espaço no qual a cor da cultura tem muitos tons.
Desde os primórdios, os humanos cultuam as divindades a fim de assegurar o equilíbrio das forças vitais do universo. Junto com poderes, os orixás receberam tarefas. Exu, Ogum e Oxóssi, por exemplo, atuam como guardiões. Alguns reinam sobre as águas, como Iemanjá e Oxum. Iemanjá também está vinculada à infância e à maternidade, assim como Ibeji. Ossaim e Oxumarê são as entidades da natureza. O ambiente de Xangô é regido pelo fogo. Já Omolu e Nanã atuam sobre a saúde da humanidade, o que implica, muitas vezes, na doença e na morte.
Exu, o princípio dinâmico que rege a vida, e Ifá, encarregado de transmitir os propósitos dos orixás aos homens, são as duas divindades que aparecem com destaque nos rituais afro-brasileiros. A casa de Exu fica próxima à entrada dos terreiros com o objetivo de proteger o espaço sagrado. Muitas vezes confundido com o conceito cristão de demônio, Exu é, na verdade, uma força que possibilita a ligação entre este mundo físico, Aiyê, e aquele habitado pelas divindades, Orum.
Негізгі бет Mojubá I | Ep. 02: Fé
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