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PF investiga produtoras de funk por lavagem de dinheiro para o PCC
Relatórios do Coaf enviados à PF apontam movimentações milionárias nas contas de duas produtoras de funk que têm ligações com o PCC
Alfredo HenriqueFabio Leite
20/02/2024 02:30, atualizado 20/02/2024 19:54
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Reprodução/Redes Sociais
Imagem colorida de homens se abraçando em frente a luminoso no qual está escrito love funk - Metrópoles
São Paulo - A Polícia Federal (PF) investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro do tráfico de drogas feito pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) por meio de produtoras de funk localizadas em São Paulo.
Relatórios de inteligência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) enviados à PF mostram movimentações financeiras milionárias e suspeitas nas contas das produtoras GR6 Eventos e Love Funk, que possuem milhões de seguidores nas redes sociais.
O material obtido pelo Metrópoles consta de um inquérito do grupo especial que investiga facções criminosas dentro da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado da PF em São Paulo.
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Somente a Love Funk, cujo nome formal é Formato Funk Agenciamento Artístico Ltda, recebeu R$ 18,1 milhões na conta em um intervalo de seis meses em 2021, embora tivesse declarado faturamento médio mensal de R$ 100 mil.
Já a GR6 Eventos foi alvo de 120 comunicações de operações suspeitas, tendo movimentado R$ 9,6 milhões em dinheiro vivo, entre 2017 e 2021. Metade desse valor girou no período de pandemia, quando os eventos públicos tiveram de ser cancelados.
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Uma das informações que chamou a atenção dos investigadores foi um pagamento de R$ 150 mil que a GR6 recebeu da empresa FWM Produções e Eventos, que tinha como sócio Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro, um dos principais líderes do PCC em Santos, no litoral paulista, executado durante guerra interna da facção, em 2018.
O Coaf também detectou um repasse de R$ 2,4 mil à GR6 feito por uma enteada de Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, conhecido como Marcolinha, irmão de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, considerado o líder máximo do PCC.
Imagem colorida de postagem no Facebook sobre compra de produtora por R$ 5 milhões - Metrópoles
Suposta venda milionária de parte de produtora foi divulgada em redes sociais Reprodução/Facebook
Imagem preto e branco de dois homens sentados, frente a frente, em mesa de padaria - Metrópoles
Policial federal registrou encontro entre suspeitos de lavar dinheiro do PCC
Imagem colorida de homens se abraçando em frente a luminoso no qual está escrito love funk - Metrópoles
Abraço após negócio de R$ 5 milhões Reprodução/Redes Sociais
Foto colorida de homem sem camisa rodeado de crianças ao lado de carro esportivo de luxo - Metrópoles
Investigado pela PM em momento de ostentação nas redes sociais Reprodução/Instagram
Imagem colorida de postagem no Facebook sobre compra de produtora por R$ 5 milhões - Metrópoles
Suposta venda milionária de parte de produtora foi divulgada em redes sociais Reprodução/Facebook
Imagem preto e branco de dois homens sentados, frente a frente, em mesa de padaria - Metrópoles
Policial federal registrou encontro entre suspeitos de lavar dinheiro do PCC
Investigação começou na padaria
A investigação que levou a PF até o suposto esquema de lavagem de dinheiro do PCC por meio das produtoras de funk teve início a partir de uma conversa testemunhada por um policial federal em uma padaria em Alto de Pinheiros, bairro nobre da da zona oeste paulistana, em agosto de 2021.
Na ocasião, segundo o agente da PF, Bruno Amorim de Souza, de 34 anos, que já havia sido preso por tráfico de drogas, conta para um homem não identificado que estava “ganhando muito dinheiro” com “fitas de progresso”, gíria usada pelo PCC para atividade envolvendo o tráfico
Para isso, de acordo com a PF, ele estaria usando veículos que, durante a semana, faziam o transporte de mercadorias lícitas para, aos fins de semana, realizar “as fitas” para a facção.
Ajuda do funk
Segundo o relato do policial, Bruno continuou contando ao interlocutor que havia comprado um caminhão por R$ 500 mil, pagos em dinheiro vivo, e que “estaria sendo financiado pelos indivíduos conhecidos por Rodrigo da GR6 e Rato da Love Funk”.
O papo na padaria durou entre 20h40 e 22h10, momento em que a dupla foi embora em um Chevrolet Agile verde, guiado por Bruno. Pela placa do veículo, os policiais descobriram a identidade dele, assim como a passagem por tráfico, e deram início à investigação que chegou até as transações milionárias envolvendo as produtoras.
Негізгі бет MOTIVO DA POLÍCIA INVESTIGAR PRODUTORAS DE FUNK POR VÍNCULO AO PCC..
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