Essa premissa de metas, de avaliação de desempenho vai criando um sentimento de exaustão que é contraproducente e incoerente com o momento que vivemos hoje. Ninguém quer mais fazer 60 anos rico e jogar golfe, as pessoas têm uma ótica de viver uma vida de qualidade e as empresas não estão proporcionando isso”, diz Flávia Camanho. Em um papo com Paulo Lima no Trip FM, a psicóloga de formação e especialista em desenvolvimento humano que coleciona credenciais de dar inveja a qualquer CEO refletiu sobre um novo mundo do trabalho que emerge no pós-pandemia, onde as empresas precisam valorizar o tempo de seus funcionários. “Há um desafio enorme de repensar o que é uma dinâmica saudável de atuação e principalmente de conexão com o ecossistema. Parte de uma sociedade com impacto nessa sociedade. Chamam isso de ESG [governança ambiental, social e corporativa], mas é apenas uma clareza de que não existe plano B.”
Flávia também é uma referência na discussão do papel das mulheres nas grandes corporações. "Na história das empresas familiares, os homens recebiam ações e as mulheres uma máquina de costura. E, quando chegavam no auge da carreira, a família chamava a mulher de volta", explica. "O caminho incentivado no empreendedorismo, até hoje, não é o primeiro para elas. O primeiro plano é a governança da própria família. Os negócios são sempre ofertados primeiro aos meninos.”
No papo, ela ainda falou das tensões entre gravidez e trabalho, respondeu se riqueza estraga as pessoas e contou por que a profissão de coach virou piada pública.
Негізгі бет O mundo corporativo quer as mulheres? E vice-versa?
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