Esse vídeo é direcionado especialmente para você que é MFC (medicina de familia e comunidade) ou trabalha com atenção primária a saúde e também para outros profissionais que se interessem pelo assunto.
Nosso ilustre convidado, diretamente da Heidelberg Alemanha é o Dr Rodrigo Lanna ( / omedicodebarba )
E vamos fazer as seguintes perguntas:
1) Precisa mesmo tratar? Qual o verdadeiro impacto? Quais pacientes realmente se beneficiam?
2) Quando indicar a Densitometria? Quais são os desfechos que realmente importam ao tratar a Osteoporose? O que são fraturas assintomáticas?
3) O que é Risco Relativo vs Risco Absoluto?
4) Vitamina D e cálcio pode ser prescrito para todos?
A primeira pergunta, sem querer desviar muito do tema, é: porque a gente trata uma doenca? Quando eu converso com médicos residentes ou em cursos de medicina baseada em evidencias eu sempre lançoo essa pergunta.
A mesma coisa, essa mesma lógica vai se aplicar no processo de screening, ou seja, de rastreamento de doencas. Porque eu gostaria de identificar e tratar precocemente a osteoporose? A gente tem esses dados
1- A queda de um desvio padrao na densidade óssea duplica o risco de fraturas
2- Tem estimativas de que ocorram mais de 9 milhoes de fraturas osteoporóticas por ano, desses até 600 fraturas de colo de femur para cada 100.000 mulheres/ano e até 1400 fraturas vertebrais para cada 100.000 mulheres/ano
3- Fora isso, até 30% das mulheres em pós menopausa que sofrem uma frat de colo de femur morrem no primeiro ano após essa fratura.
Isso impressiona, né?
Ninguém está questionando que osteoporose é um problema. A pergunta é, para que identificar e tratar precocemente a osteoporose?
Para evitar que a pessoa fique restrita, por exemplo, pela dor de uma fratura vertebral, seria um bom motivo
Para evitar essa mortalidade alta no primeiro ano
Para evitar internacoes para cirurgias, complicacoes de uma fratura de colo de femur.
E aí eu pergunto, com os dados que a gente tem, o tratamento medicamentoso consegue fazer isso bem?
Em termos de mortalidade, nao parece ter um efeito claro comprovado
Em termos de fratura, tem alguns estudos que mostram uma reducao de 15-20% das fraturas osteoporoticas com o tto farmacológico em um contexto de screening(Lancet. 2018;391(10122):741. Epub 2017 Dec 16),
Mas é interessante notar que tem metanálise mostrando que o engajamento em atividades físicas diminui em até 50% o risco de fraturas(Osteoporos Int. 2013;24(7):1937).
É difícil avaliar individualmente dor e funcionalidade, mas tem estudos que avaliam a qualidade de vida associada à condicao de saude e o tto farmacológico também nao mostrou benefício neste ponto (Lancet. 2018;391(10122):741. Epub 2017 Dec 16).
✅SUPLEMENTAÇÃO DE CÁLCIO
Existem dúvidas sobre a possibilidade de aumento do risco de doencas cardiovasculares, com a possibilidade de promover calcificacao de ateromas, mas isso nao é claro. Agora, a gente sabe que suplementacao de calcio atrapalha, por exemplo, a absorcao de ferro, atrapalha a absorcao de remédio para hipotireoidismo, e é constipante também.
✅VITAMINA D
Vitamina D alimentar já é mais problemático, pq ela vem mais de peixes mais gordos. A maior fonte nossa de vit D é a exposicao solar. E nao precisa muito. Por exemplo, foi pro clube e ficou levemente vermelho, voce produziu 15x a sua necessidade diaria de vit D.
✅CONCLUSOES E SUMARIO
No final das contas, tem muita gente que critica os conceitos de Guidelines, diretrizes, ou medicina baseada em evidencias. Mas acho que com essa discussao de hoje deu para mostrar que conhecer esses recursos, saber comunicar os achados cientificos com os pacientes, ser transparente sao preceitos fundamentais da MBE. No final, como já dizia o David Sacket, medicina baseada em evidencias nao é um livro de receitas, pelo contrário, é uma forma de individualizacao e de garantir a autonomia do paciente.
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✅Referências:
/ omedicodebarba
www.sheffield....
osteoporosisde...
www.scielo.br/...
www.scielo.br/...
(Lancet. 2018;391(10122):741. Epub 2017 Dec 16),
(Osteoporos Int. 2013;24(7):1937).
(Lancet. 2018;391(10122):741. Epub 2017 Dec 16).
(Wagner H, Melhus H, Gedeborg R, Pedersen NL, Michaelsson K. Simply ask them about their balance-future fracture risk in a nationwide cohort study of twins. Am J Epidemiol 2009; 169: 143-9)
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