Qual a relação entre futebol, cerveja e física?
Bohr nasceu em Copenhague em 1885, filho de um brilhante prof. Universitário e de uma judia-dinamarquesa ligada aos bancos. Bohr sempre gostou de futebol e em entrou para o elenco do time: Akademisk Boldklub na função de goleiro em 1903, aos 17 anos, mas não disputou tantos jogos como titular. Embora o seu talento fosse reconhecido pelos companheiros, o físico tinha problemas para se concentrar nos jogos. Justamente o que encerrou sua breve passagem pelos gramados, dois anos depois. Seu irmão Harold Bohr se tornou jogador profissional e chegou a jogar pela seleção da Dinamarca.
Bohr se forma em física na Universidade de Copenhague e em 1911 viajou à Inglaterra (financiado pela fundação Carsberg que na época apoiva muto os cientistas e artistas dinamarqueses). À época, era o local onde estava sendo feito a maior parte do trabalho teórico sobre a estrutura de átomos e moléculas. Lá, conheceu J. J. Thomson do Laboratório Cavendish e do Trinity College, Cambridge. Bohr foi financiado inúmeras vezes pela Fundação Calsberg, com fundos para pesquisa, investimento em equipamentos e até complementação salarial.
Bohr recebeu um convite de Rutherford para conduzir um trabalho de pós-doutorado Universidade Victória de Manchester.
Em 1913, num movimento genial de intuação, Bohr resolve o problema do átomo de Rutherford propondo um novo modelo atômico . Por esse trabalho ele recebe o prêmio Nobel em 1922.
Quando Bohr foi agraciado com o Prêmio Nobel em 1922, apesar de já ser um notável cientista no mundo e em especial na Dinamarca, ele virou o centro total das atenções na comunidade científica internacional. Em 1923 recebeu mais um convite para ir trabalhar fora da Dinamarca, agora com seu orientador de Doutorado. Este convite foi um dos poucos que o balançou, que tinha profundas raízes na Dinamarca. No entanto, a Fundação Carlsberg teve papel determinante para que Bohr continuasse por lá: criou uma posição especial para o mesmo como “cientista livre”, e complementou seu salário, o que fez com que o mesmo continuasse na Dinamarca.
A Fundação Carlsberg mantinha uma casa para abrigar cientistas de destaque, onde o escolhido pudesse viver livremente pelo período da sua vida. Era um reconhecimento e tanto! Esta casa era originalmente do fundador da Carlsberg e foi doada a Fundação para este propósito apenas. Quando o último morador da casa faleceu, esta foi oferecida a Bohr, e o mesmo fixou residência na mesma por mais de 30 anos. Aqui surge a lenda. A casa fica próxima a cervejaria, de onde supostamente saia uma conexão diretamente a uma torneira cervejeira, que provia cerveja infinita ao seu morador. Realmente este seria um presente e uma honra em tanto para um grande cientista, não fosse o teor improvável que carrega esta ideia. Na verdade, existem publicações de renomados veículos de comunicação dizendo que era verdade, e que além disso, foi dada a ela por ter ganhado o prêmio Nobel. A verdade é que foi emprestada, não dada. E parcialmente porque ele ganhou o Nobel, mas não totalmente: ele conquistou notoriedade na sociedade Dinamarquesa nas áreas de ciência, artes e literatura (critérios para a seleção do morador pela Academia Real Dinamarquesa de Ciência e Letras).
Em 1943, quando o governo dinamarquês foi deposto pelos nazistas, Bohr decide fugir da Dinamarca para não ser obrigado a fazer pesquisas para o governo nazi (ele sabia que existia um programa nuclear nazista...veja o vídeo)
Arquitetado o plano, só falta esperar escurecer para pô-lo em prática. é a noite de 23 de setembro de 1943. Na cidade de Copenhague, mais uma vez o toque de recolher traz o silêncio forçado. Mas a Resistência dinamarquesa - uma das mais bem organizadas da Europa - não cede. Continua sua incansável e perigosa missão de ajudar pessoas que procuram deixar o país ocupado pelas forças alemãs.
Nessa noite, um pequeno barco de pesca leva a bordo um clandestino excepcional, cuja permanência na Dinamarca poderia ser incalculavelmente vantajosa para os alemães.
Niels Bohr, um dos maiores cientistas europeus em questões nucleares, é levado até a Suécia, de onde embarca num avião que se dirige para a Inglaterra.
Um ano após ter-se refugiado na Inglaterra, Bohr transferiu-se para os Estados Unidos, ocupando o cargo de consultor do laboratório de energia atômica de Los Alamos, onde cientistas do mundo inteiro canalizavam todos os seus esforços na construção da bomba atômica.
Compreendendo a gravidade da situação e o perigo que essa bomba poderia representar para a humanidade, Bohr dirigiu-se a Churchill e Roosevelt, num apelo à sua responsabilidade de chefes de Estado, no sentido de evitar a construção da bomba.
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Негізгі бет O ÁTOMO DE BOHR (A história do átomo parte 5)
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