O melhor do mundo, uns dos melhores de sempre. Um génio. Um tecnicista como as nossas pistas não voltaram a conhecer, um artista que catapultou o hóquei patinado português, mesmo que corrompido (como a decadência do pós-Panchito veio a comprovar), para a RTP1 e para relatos radiofónicos nas principais emissoras nacionais.
Mesmo com todas as condicionantes e partindo sem campeonatos nacionais ganhos (venceu 3 Taças e 2 Supertaças em 4 anos), Panchito é indiscutivelmente uma das figuras maiores das modalidades do Sport Lisboa e Benfica e conquistou um lugar especial no coração dos benfiquistas, particularmente daqueles que, como eu, cresceram com o espectáculo do seu hóquei.
«No Benfica vestia a camisola e arrepiava-me, sentia pele de galinha. O apoio que tínhamos era impressionante. Acabavam os jogos e ficava uma hora a dar autógrafos e a tirar fotos. Fazia-o com toda a alegria. Gostava de ter terminado a carreira aí», disse o jogador, em entrevista ao jornal "Record".
Essa realidade levou-o a aprender a gostar do clube, mais do que qualquer outro por onde passou: «Foi o único clube onde joguei e que fiquei adepto. No Benfica podiam deixar de pagar durante muito tempo que eu jogava à mesma».
A sua vida agora é feita em San Juan na Argentina e está dedicado à agricultura. Mas mesmo numa actividade bem diferente do hóquei em patins, o Benfica marca presença.
No pensamento do jogador está a mudança do nome da sua quinta de "Las Marys" para "La Gloriosa".
(Créditos dos rips para o fantástico canal do Pedro Bobela / pedrobobela e para os "rippers" do SerBenfiquista.)
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