PERMANÊNCIA DO ANLFABETISMO NO BRASIL E A URGÊNCIA DO TEMA
Daniel da Silva Amorim; Bruna Feiden.
Thiago Ingrassia Pereira, Grupo Práxis, Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) - Campus Erechim.
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Após o período de distanciamento social, provocado pelo vírus da doença COVID-19, a sociedade brasileira se depara com diversos problemas emergentes a serem resolvidos. A desigualdade social foi explicitamente evidenciada e aprofundada, em decorrência disso, a fome retorna como um alerta ou, metaforicamente, um trauma que se mantém na consciência coletiva. O desemprego aflige a população de maneira violenta, e forma uma legião de trabalhadores informais. Associado a isso uma demanda social tão antiga quanto a fome e muitas vezes vinculada à ela, necessita de atenção, a questão do analfabetismo. A história do analfabetismo no Brasil é permeada pela própria história do país, atravessada pelo processo civilizador ao qual nossa nação foi sujeita. O primeiro processo de alfabetização de brasileiros se dá nas missões jesuíticas, visto que os Padres, incumbidos de catequizar a população indígena, acabaram por lhes alfabetizar, através de um processo que visava a civilização e o apagamento da cultura desses povos, com o objetivo de tornar a colônia lucrativa. Quando esse processo se finda em 1759, com a expulsão dos jesuítas, a responsabilidade pelo sistema educacional passa a ser do Estado, que oferece uma educação excludente, por ser destinada apenas aos filhos homens do colonizador. Outrossim, desde a implementação da constituição de 1988, o acesso a educação no Brasil nos é garantido por lei, d essa forma, para atender a essa demanda foi criado o EJA (Educação de Jovens e Adultos), programa que tem como objetivo a democratização do ensino na rede pública de educação, e também alfabetizar jovens, adultos e idosos que não foram letrados na idade adequada, para garantir que possam se qualificar e ter melhor inserção no mercado de trabalho. Diante dessas considerações, é possível concluir, a partir da recuperação histórica, que o analfabetismo no Brasil tem sido uma questão persistente por deliberada exclusão do ambiente escolar a grupos subalternizados que formam a sociedade. Entretanto, Paulo Freire demonstrou que é possível alfabetizar adultos partindo de seus conhecimentos empíricos e de uma maneira crítica. O patrono da educação brasileira deixou uma vasta produção de conhecimento que motivam, movem e transformam a sociedade, portanto, projetos sociais que visam a alfabetização e o próprio EJA são propostas que devem ser incentivadas e receber maior atenção governamental, para concretizar o objetivo de erradicação do analfabetismo no Brasil até 2024, conforme estabelecido pelo PNE/2014. Apesar do prazo curto, a esperança de tornar o Brasil um país inclusivo, nos quesitos básicos de cidadania, é algo que Freire sempre defendeu, em um momento de desesperança coletiva em que vivemos é importante ter em mente que a transformação é possível, e acreditar nisso, torna-se um ato de resistência.
Palavras-chave: Educação; Analfabetismo; Desigualdade Social.
Негізгі бет Permanência do analfabetismo no Brasil e a urgência do tema_Ciências Humanas e Sociais_IIPETCHE 2022
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