Outrora refúgio de pessoas africanas sequestradas para o Brasil evadidas do sistema escravocrata, desde os Quinhentos coloniais (1575 e 1597), os quilombos forjaram-se espaços de produção da reexistência político-ontológica das negras humanidades entre a afrodiáspora. Já no pós-abolição (1888) e na contemporaneidade, as formações quilombolas persistiram reconhecidas materialidades da herança cultural e da memória afro- brasileira igualmente assentadas em território urbano. A exemplo da Pequena África carioca, conforme referência do sambista, compositor e artista plástico fluminense Heitor dos Prazeres (1898-1966), e de ainda outras geografias nacionais, esta tão longeva instituição dos movimentos negros do país intergeracionaliza-se tecnologia de promoção da história e da identidade negras, pois antes refazedora ancestral das dignidades coletivo- comunitárias de África.
No Canal Preto da semana, considerações a respeito dos quilombos como espaços de reprodução das existências e da memória política afro-brasileiras em ambiente urbano e de ancestralização intergeracional do legado sócio-histórico africano na diáspora brasileira.
Fontes de pesquisa: Geledés, Agência Brasil, Conversa de Historiadoras, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Wikifavelas.
AGRADECIMENTO:
O Canal Preto agradece ao convidado e à convidada a disponibilidade, o apoio, a confiança e a partilha de conhecimento. Suas falas são a maior referência utilizada na e para a construção de todo o conteúdo publicado ao longo da semana.
Fernando Luiz dos Santos (Nando) - Gestor do Quilombo Cultural Casa do Nando. Aparecida Fatima Ferreira (Tia Cida) - Quilombola e cozinheira.
#ParaTodoMundoVer: no vídeo (plano médio), vemos, nesta ordem de aparecimento, as seguintes pessoas convidadas: Fernando Luiz dos Santos (Nando), um homem negro de pele retinta e de cabelos crespos, veste uma camisa com fechamento frontal (botões) amarela e calça jeans e usa óculos com uma armação quadrada na cor cinza; e Aparecida Fatima Ferreira (Tia Cida), uma mulher negra de pele retinta e com os cabelos presos entre um turbante verde escuro encimado por uma faixa de estamparia africana, veste, além de
uma calça jeans, uma blusa recortada às laterais (ombros) azul marinho e estampada com motivos nas cores vinho, branco e marrom.
Racismo. Ou você combate, ou você faz parte. Qual dos dois é você? #QuilombosUrbanos #ResistênciaNegra #CanalPreto
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