Relógio
(Mônica Fernandes)
Parada na estrada, na vida,
no tempo
O chão conta a distância
o relógio marca a saudade
e eu não saio do lugar
Não deixo a casa
nem volto pra lá
Perdida no meio do mundo
passam por mim
as pessoas, o passado
e o futuro pisca safado
mexe comigo
como quem tem reservado
um segredo, degredo
Sigo seu rastro sem medo
na floresta misteriosa da vida
esperando que ele se torne presente
Pássaro feroz esse olhar
enquanto me encantava comia
as marcas do meu caminho
E eu, distraída, esquecida
perdi a minha história
a paisagem, o destino
Nas curvas de um querer obscuro
apenas enxergo o futuro
que o seu olhar reflete
Meu mundo num doce sorriso
A vida num amor infinito.
Do livro “Amá-la”
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