Síndrome de Alienação Parental: o que é e como ela acontece? Esse tema foi sugerido pela Silvia Cabral e é muito relevante atualmente. Principalmente do ponto de vista médico e psicológico, é fundamental entender melhor. Antes de tudo, não é uma doença, embora tenha síndrome no nome. É uma situação que ocorre em um contexto de separação judicial, quando há disputa por um filho.
Em 1985, o psiquiatra americano Richard Garner dizia que quando está em separação, um dos pais às vezes começa a fazer campanha para afastar o outro da criança. O objetivo é separar, alienar a outra pessoa, torná-la um alien. Vem daí o nome Síndrome da Alienação Parental. Garner dizia que isso era consciente, proposital. Mas pesquisadores dizem que muitas vezes isso acontece sem querer. É quando o alienador ingênuo vai falando mal do outro pai desabafando, sem perceber que a criança está ouvindo e interiorizando.
Claro, pode haver atos de alienação parental - atitudes que o alienador toma para distanciar o outro. A síndrome em si acontece quando a criança compra a ideia e muda de comportamento. Assim, começa a falar mal do genitor que está sendo alienado, sem justificativas, e começa a acreditar que ele é mau, apoiando incondicionalmente o alienador. Na síndrome, a criança não se sente culpada por isso. Difama o outro sem explicações. A síndrome é comportamental.
Quando o juiz suspeita disso, é estabelecida uma perícia. O psicólogo deve entender o estado mental dessa criança ou o assistente social pode fazer uma perícia psicossocial.
A Lei 12.318, de 2010, define no Brasil o que é Alienação Parental - atitudes como dificultar o acesso ao pai, dar decisões sobre o destino da criança, mudar de endereço sem avisar, por exemplo, configuram a síndrome. Vale a pena saber disso, no caso de você estar se separando.
Claro, pode acontecer de não dar certo um casamento, mas é desumano colocar as crianças em sofrimento nesse momento. Por isso, é necessário intervir legalmente se você perceber que a síndrome está acontecendo.
Às vezes acontece mesmo no casamento de culpar o outro, de diminuir a pessoa - mas não faça críticas ao seu parceiro na frente dos filhos. Tome cuidado! Não é uma crítica ou ato isolado que leva à síndrome, mas criar esse mal-estar não é um ambiente nada construtivo para as crianças.
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Daniel Martins de Barros
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