O Scania 111 jacaré é considerado uma lenda de nossas estradas, marcante na história da Scania.
A Scania veio para o Brasil já interessada no mercado de pesados, inicialmente seus caminhões chegaram por meio da Vemag, a mesma que produzia aos automóveis DKW’s, que importou da Europa o modelo Scania L71 a partir de 1951, o modelo também chegou a ser montado na própria fábrica de Vemag, foi o primeiro Scania produzido no Brasil.
O sucesso do caminhão faria a Scania escolher o Brasil para iniciar suas atividades na américa latina em 1957, oficialmente como Scania-Vabis do Brasil Motores Diesel, lançou o modelo L-75, fabricado ainda na linha de montagem da Vemag, ganhou novo motor D10 importado da suêcia, de 10.260 cm3 com injeção direta, 165 cv e 63 m.kgf - o maior torque entre os caminhões fabricados no país, na época o domínio das estradas era do FNM("Fenemê") e o Scania se destacou por ter a bomba injetora de atuação direta, e não por pré-câmara com o rival, uma evolução bastante grande para época.
Em outubro de 1959 os motores passaram a ser montados na nova fábrica de motores da Scania em S.B.Campo, mas a produção completa continuava a ser da Vemag, até que em outubro de 1962 toda a produção Scania foi transferida para fábrica própria, aumentando a produção e se consolidando como uma das melhores fabricantes de caminhões pesados do Brasil.
Em 1963 foi lançado seu sucessor, o L76, estreava o famoso motor 11 litros da Scania, D-11, injeção direta, 195 cv e 76kgfm de torque, a cambio era de 10 marchas, cinco baixas e cinco altas, disponível em versão chassis rígido e cavalo mecânico, filtro de ar de maior capacidade montado externamente, receberam também a famosa cor laranja, que marcou os caminhões da marca durante muito tempo, recebeu na época o apelido de João de Barro.
Em 1965 foi lançado a versão LS, que era versão 6x2, e o LT (6×4). O LS era fabricado nos modelos LS 7638 (caminhão trator) e LS 7650 (caminhão rígido).
Em 67 chegava os primeiros Scania turboalimentados, que também eram os primeiros turbo nacionais, chamados de Scania super acrescentou-se o S a frente do nome. ((L 76 S, LS 76 S e LT 76 S)) o motor Scania D 11 agora gerava 108KG e 275CV
Ao final de 1960, o modelo L110 era lançado em substituição ao L76, a principal diferença era inovações no sistema de freios, e freio de estacionamento.
A Scania também lançou uma alternativa mais barata, o L100 com o mesmo Scania D11 com 11 litros aspirado de 202CV ((L/LS/LT 110))
O Scania LS era apto a rebocar carretas de três eixos, primeiro cavalo a poder puxar esse tipo de carreta, que não existiam na época, o conjunto formado pelo cavalo trucado mais carreta de três eixos deu origem ao nome carreta padrão LS, termo utilizado até hoje.
Em 1975, nascia a série 1, com o famoso modelo 111, o motor recebeu melhorias e teve potência aumentada para 296cv e 111kg torque. A versão mais barata era a L101, com o mesmo motor, porém aspirado, de 203cv e 77kg de torque, assim como o modelo anterior L100, teve vida curta e pouca procura.
O 111 era o segundo caminhão mais potente do Brasil, atrás apenas do também Scania LK 140, e depois LK141 de 1980, com 375cv, a Scania tinha os dois caminhões mais potentes do país.
O modelo L 111 havia conquistado o transporte, considerado um caminhão muito robusto e de fácil manutenção, novos aprimoramentos mecânicos elevaram a potência para 305cv. Entre 1975 e 1981, foram comercializadas 9475 unidades, 57 por cento do total de veículos Scania vendidos no mercado brasileiro no período, ainda hoje, caminhões L 111 na cor laranja circulam pelo País em bom estado de conservação, atestando a durabilidade do produto e os cuidados especiais que os proprietários dedicam a esses veículos.
A marca Scania tinha sido inaugurada com sucesso no Brasil, o Scania jacaré demostrou a capacidade do motor 11 litros turbo, o modelo LS 6x2 foi o primeiro do país a puxar carretas de três eixos, más após 24 anos chegava a hora de dar adeus, e ser lançada a segunda geração, a 112, que foi lançada em 1981, um ano após ser lançada na Suécia, o jacaré ainda conviveu durante 6 meses com 112, o coração da Scania 111 acompanharia os modelos Scania até a quarta geração, ficando mais famosa na lendária Scania 113, muitos estão na ativa até hoje.
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