O povoado de Canudos (ou Belo Monte como era conhecido por seus habitantes) foi um importante movimento social do período da Primeira República Brasileira.
Canudos pode ser classificado como um dos movimento messiânicos do período por estar associado às ideias religiosas que pregavam a salvação dos seus membros.
O líder do movimento foi Antônio Conselheiro. Ele mobilizou milhares de pessoas e seguidores ao longo de duas décadas de peregrinação pelo norte do sertão da Bahia até se estabelecer nas proximidades do rio Vaza Barris.
O crescimento da comunidade e da fama de Antônio Conselheiro incomodou as autoridades e poderosos locais. Antônio Conselheiro fazia críticas à República, principalmente contra a separação entre a Igreja e o Estado e defendia o não pagamento de impostos. Preocupados com as repercussões do movimento e replicação em outras localidades, o governo baiano organiza uma primeira campanha militar contra o povoado no ano de 1896. A campanha que contava com 104 soldado não obtém êxito. O governador pede, então, auxílio às tropas federais que passam a partir daquele momento a fazer investidas contra a comunidade.
A Guerra de Canudos demonstrou mais uma vez as deficiências e precariedade do exército brasileiro que não contava com equipamentos e suprimentos suficientes para as operações. Metade do contingente de soldados do exército nacional da época, cerca de 9.500 soldados combateram em Canudos, deixando os trágicos números de 4 mil soldados mortos e estimativas que chegam até a 20 mil mortos dentre os moradores de Belo Monte.
A comunidade de Canudos e a figura de Antônio Conselheiro desafiavam a ordem social local, reunindo no mesmo homem os papeis de líder religioso, chefe militar (polícia) e fazendeiro. Três importantes figuras de poder no Brasil do início da Primeira República.
Негізгі бет A Guerra de Canudos (1896-1898)
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