Conheça a história da frota F da Companhia do Metropolitano de São Paulo
Em 1998, era iniciada a construção da linha G, atual Linha 5-Lilás, que ligaria Capão Redondo a Largo Treze. A responsável pela obra era a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, e graças a este motivo, a linha recebeu um sistema de alimentação elétrica por meio de catenária rígida, diferentemente das demais linhas que possuíam terceiro trilho e haviam sido construídas pela Companhia do Metropolitano de São Paulo. Além disso, a bitola utilizada foi de 1.435mm, e não de 1.600mm.
A CPTM então, licitou cerca de 8 trens da Alstom do padrão Metropolis para operar no ramal. As novas composições contariam com recursos mais tecnológicos em comparação aos demais, como por exemplo: ar condicionado, letreiro eletrônico, bancos com estofado, passagem entre carros, pantógrafos, mapa dinâmico, motores de corrente alternada, inversor de frequência do tipo IGBT, portas largas e avisos sonoros automatizados.
Posteriormente, a linha foi repassada ao Metrô de São Paulo, e a primeira unidade foi entregue no pátio Capão Redondo em fevereiro de 2002. Incialmente era denominada como Série 5700, anos mais tarde o prefixo foi alterado para "500" e por fim transformou-se na conhecida frota F.
Esta pequena frota circulou sozinha pelo trecho entre outubro de 2002 até março de 2017, até que acabaram sendo retidos para uma atualização no sistema de sinalização. A linha então passou a operar com o novos sistema CBTC e finalmente pode contar com 26 novíssimos trens da chamada frota P, que estavam há anos parados nos pátios, já que antes era utilizado apenas o ATC e esses trens possuíam apenas o CBTC.
■CONCESSÃO■
Em janeiro de 2018, o Governo de São Paulo entregou a linha 5-Lilás e a futura linha 17-Ouro para a iniciativa privada. A vencedora do leilão foi a ViaMobilidade, que faz parte do Grupo CCR, e assumiu a operação em 04 de agosto do mesmo ano.
A partir daí, as estações e os trens ganharam uma nova identidade visual, sendo totalmente repaginados com uma cor lilás, além de terem seus prefixos trocados para: frota F ➡️ Frota 500 fase 1 (501 ao 508) e frota P ➡️ Frota 500 fase 2 (509 ao 534).
■O GRANDE RETORNO■
Após 4 anos fora de serviço, o primeiro trem, F05/505, da velha frota F retornou a operação no dia 12 de dezembro de 2020. Curiosamente foi a primeira vez que essa frota fez o percurso entre Capão Redondo e Chácara Klabin transportando passageiros, já que quando haviam sido encostados a linha ligava apenas Capão Redondo até Adolfo Pinheiro.
Cerca de 14 dias depois, especificamente em 26/12/2020, o segundo trem (F08/508) também retornou a operação. E por fim, em 29/06/2021, foi a vez do terceiro trem (F06/506).
■CURIOSIDADES■
•Foi adquirida pela CPTM, e não pela CMSP;
•Primeira a contar com portas largas de 1,60m, enquanto que as demais frotas (A, C, D e E) possuíam apenas portas com largura de 1,30m;
•Primeira frota a contar com mapa dinâmico, ar condicionado e letreiro eletrônico;
•Foi a única frota que operou em uma linha de metrô com bancos estofados;
•Em 2018, um trem da frota F (F05), ainda no padrão Metrô, pela primeira vez percorreu o novo trecho da linha (sem passageiros) até a estação Santa Cruz;
■ATUALMENTE■
Hoje a linha 5 opera com 26 trens da frota 500 fase II (509 ao 534) e apenas 3 trens da frota 500 fase I (505, 506 e 508).
As outras 5 unidades (501, 502, 503, 504 e 507) permanecem encostadas nos pátios Guido Caloi e Capão Redondo. Inclusive, há suspeitas de que duas delas acabaram virando almoxarifado de peças.
Em 2022, a frota F completará seus 20 anos e cada vez mais se aproxima do fim de sua vida útil. Futuramente, espera-se que a linha atenda Jardim Ângela até Ipiranga e, com isso, foi cogitado a compra de 12 novos trens. A dúvida é se esses futuros trens serão utilizados para complementar a frota atual ou talvez substituir os antigos modelos de 2002. A resposta para isso, só o tempo nos mostrará.
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