A Fiat apresentou na Europa um novo modelo global, com um design bem diferentão e que pode ditar o destino dos automóveis da marca aqui no Brasil. Este é o Fiat Grande Panda, que já nasce pronto para a eletrificação, ou seja, pode vir com versões elétrica e híbrida. Será que ele vai ser o sucessor do Fiat Argo por aqui?
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A Fiat é uma das marcas que melhor entende o mercado nacional. E isso a gente pode ver com alguns movimentos como a Strada cabine dupla, Fiat Toro e vários outros carros que tiveram histórias de sucesso por aqui. E a marca já trabalha com planos para os próximos anos aqui no país. A possível ideia de um substituto para o Fiat Argo, que tirou Palio e Punto de linha de uma vez só. Um carro com bons atributos, como espaço interno, e que teve bons números mas nunca foi aquele sucesso incontestável.
Desde a fundação do grupo Stellantis, a Fiat passou a dividir tecnologias com outras marcas do grupo. E o próximo modelo da Fiat aqui no Brasil vai dividir algo com o Citroën C3: a plataforma. Exatamente, já sabemos que a chamada plataforma Smart Car vai servir de base para o novo Fiat. Ela é a mesma CMP, usada em Peugeot 208 e 2008, mas com outro nome e algumas poucas atualizações.
A partir daí, surgiu o novo Grande Panda. E este modelo deve antecipar alguns aspectos do que teremos por aqui. Ele foi mostrado à imprensa recentemente. O design é atual, mas com elementos que lembram e muito o clássico Panda dos anos 1980.
A dianteira tem formato mais quadrado, com os faróis com diversos leds quadrados, e a grade, seguindo a mesma identidade. Outro elemento que se refere imediatamente ao Panda clássico, é o filete acima da placa, que serve como entrada de ar. Os formatos quadrados seguem na grade inferior.
Na lateral, caixas de roda com molduras, portas com diversos vincos e portas com linhas retas. O nome Panda vem grafado em baixo relevo nas duas portas, tomando parte da lateral, em uma espécie de vinco projetado. Uma referência clara ao Panda 4x4. As rodas têm um design bem diferentão e as maçanetas, acompanham os tons das molduras, assim como o retrovisor. No teto, um hack.
A traseira tem lanternas nas extremidades e em formato vertical, remetendo diretamente ao Panda clássico. Elas são ligadas por uma barra que passa por toda a tampa do porta-malas. Ali está a identificação do modelo e o logo da Fiat está estampado na parte superior da tampa.
O para-choques aloja a placa logo abaixo da tampa do porta-malas e dá um aspecto mais robusto ao modelo, com um aplique em tom prata na parte inferior.
O Grande Panda foi projetado no Centro Stile em Turim, na Itália, e pertence ao segmento B, com um comprimento de 3,99 metros, similar ao Fiat Argo e próximo ao Citroën C3 europeu, que tem 4,01 metros. O design do Grande Panda é robusto e sofisticado, com elementos que remetem ao icônico modelo antecessor, como a inscrição tridimensional nas portas e o visual robusto das lanternas traseiras.
Segundo o jornalista Marlos Ney Vidal, do site Autos Segredos, aqui no Brasil o modelo é chamado internamente de Novo Argo. Há até quem chame o modelo de Uno por aqui. Será que teremos a volta do nome Uno ao mercado nacional?
O que sabemos, por enquanto, é que este novo modelo deve seguir a linha de motorização da marca por aqui: motores 1.0 e 1.3 Firefly aspirados, que já são usados em Argo e Cronos, mas também deve receber o 1.0 Turbo de 125 cv na gasolina e 130 cv no etanol, com 20,4 kgfm de torque e também câmbio do tipo CVT que simula sete velocidades.
Na Europa, é praticamente certo que o modelo terá motorizações híbridas e também elétricas. O que a gente não sabe é se este modelo deve vir ao Brasil com estas mesmas opções de motorização.
Internamente, o projeto é chamado de F1H e já teve até patentes de design registradas pela Fiat aqui no Brasil. O modelo que virá ao mercado nacional deve seguir linha diferente do Panda, na Europa, mas algumas características do modelo são compatíveis com o Citroën C3.
Como por exemplo as colunas dianteiras e a transição delas para o teto. Isso indica que eles podem compartilhar a mesma plataforma. A tendência é que o C3 fique como um modelo mais barato e o Fiat seja um pouco mais sofisticado e portanto mais caro.
Também haverá mudanças nas laterais e também no tamanho do veículo, que deve ficar maior que o C3, já querendo encarar justamente modelos como Onix e Polo, atuais rivais do Fiat Argo.
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