A chegada da série 2 se deu em maio de 1981, e inicialmente foi introduzido no mercado a famosa linha T, que foi da série 2 até a série 4. A princípio, a série era composta pelo modelo T112, nas versões T112M, T112H e T112E. Mas o que seria essas letras? M, H e E? É simples pessoal, de forma rápida, o modelo com letra M era mais destinado a aplicações puramente rodoviárias; o modelo com a letra H para operações mistas, envolvendo trechos de rodovias asfaltadas e estrada de chão; e por último, os modelos com a letra E, eram os conhecidos bug pesados, 6x4, voltados a operações especiais e fora-de-estrado. A versões dependendo da aplicação, poderia vir nas configurações 4x2, 6x2 e 6x4. A mais vendida foi a 4x2, disponibilizada na versão H e M. A cabine da versão T poderia vir na versão leito, modelo CT19 ou cabininha simples, modelo CT13, que poderia ter sofá-cama para o descanso do motorista, tendo disponibilidade de defletor também. Em comparação ao L111, a cabine do 112 era mais espaçosa, leitura mais dinâmica do painel de instrumentos e boa visibilidade para manobras.
Já o motor que equipava todos eles, era o Scania DS11, o mesmo usado no popular Jacaré, o L111, e que fez os primeiros 112 serem apelidados de jacaré ou 111 de paletó. Esse DS11 tinha 11 litros, sendo um série 2, como indica a nomenclatura. Ele poderia vir na versão aspirada ou turbinada, tendo a versão aspirada 203 cv de potência, e torque de 77 kgfm. Já a versão turbo, possuía 296 cv e 111 kgfm de torque. Uma curiosidade, é que a versão turbo, tinha a letra S na grade frontal. Já em relação a caixa de marchas, eram dadas duas opções, uma com 5 a frente, que era a G770, e outra com 10 marchas a frente, a GR870.
Pouco tempo depois, ainda em 1981, a Scania trouxe novidades para a versão turbo, foram melhorias nos sistemas de injeção e alimentação, com o motor desenvolvendo 305 cv de potência e 126 kgfm de torque. Outras novidades também chegaram, como o T142, que era o modelo com motor V8, além da linha R, sucessora da linha LK. Essa linha R tinha a cabine frontal, era basculante. Agora então se tinha o T112 e T142, e o R112 e R142. Eles tinham a mesma mecânica, mudando apenas a cabine, e versões H, E e MA, sendo a MA para a mesma aplicação que o T112 M. Mas falando sobre a mecânica do V8 que ainda não falei, ele tinha motor DS14 V8, de 14 litros, o mesmo do LK-141, com 375 cv e 151 kgfm de torque. A caixa continuava com 2 opções, de 5 ou 10 marchas.
Em 1983, a Scania anunciou uma grande novidade para 1984, que foi a chegada do intercooler nos motores de 6 cilindros para os modelos T112. O motor da versão turbo, passou de 305 cv para 333 cv, e o torque foi elevado para 142 kgfm. Também houve a chegada dos motores movido á álcool, utilizados geralmente em usina de cana na época, estimulados pelo programa pró-álcool . No ano seguinte, em 85, houve algumas novidades, onde o T e R142, passaram de 375 cv para 388 cv, e torque elevado para 161 kgfm. Ainda em 1985, os modelos R112 passam a receber intercooler também.
Dois anos depois, em março de 1987, chegavam os novos modelos da nova geração da série 2, os modelos HS e ES, da linha super advanced, que trazia melhorias, como o novo cardã, mais robusto, barra estabilizadora na dianteira, tanques em inox, nova caixa GR871 de 10 marchas e outras novidades. O T e o R142 receberam intercooler, ganhando 12 cv de potência, passando de 388 cv para 400 cv, e elevando o torque de 161 kgfm para 169 kgfm. A novidade para os modelos V8 não foi apenas essa, mas ganharam novos filtros de combustível, ar e água, melhorando o desempenho do veículo. Os outros modelos com motor de 6 cilindros, tinham 203 e 305 cv, e 333 cv na versão intercoolada. Existiu alguns HS e ES anteriores a 1987, mas eram chamados de versões para exportação, fabricados em 84 e 85. Em agosto de 1989, chegaram os 112 EW e HW, modelos que visualmente eram iguais aos HS e ES, mas falando de questão mecânica, eram totalmente novos, com cerca de 200 melhorias. As linhas T e R continuaram, mas com novas versões, a 200, 310, 360 e 410.
Antes de falar dos modelos, vamos entender as siglas EW e HW, em que EW eram os extrapesados para aplicações fora-de-estrada e especiais, e já os HW, eram os modelos pesados, usados para aplicações mistas e rodoviárias. Agora seguindo com os modelos, o 112 200, tinha motor DN 11 01 com 203 cv e 77,5 kgfm. Essa versão era aspirada, o chassi F112 para ônibus utilizava o mesmo motor. Já o 112 310 tinha motor DS 11 34 superalimentado, com opções de 303 e 310 cv de potência, e torque de 135 e 136 kgfm respectivamente. Quanto ao 112 360, eles vinham com o motor DS 11 18, superalimentado com intercooler, podendo ter 2 opções de potência, de 353 cv e torque de 161,6 kgfm, e a outra era de 363 cv e 162,1 kgfm de torque. Já o modelo V8, o 142, tinha motor DSC 14 07 V8, superalimentado com intercooler e com 411 cv de potência e 168,9 kgfm de torque.
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