Em meio ao mês da visibilidade trans, o Centro de Referência e Treinamento em IST/Aids realiza nesta sexta-feira (27), uma roda de conversa entre pessoas trans, agentes e gestores de saúde, profissionais do direito, da educação e da comunicação. O objetivo do encontro é debater as principais demandas relativas a população de travestis e pessoas transexuais. O evento acontece em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e Agência de Notícias da Aids. O bate-papo será exibido ao vivo na TV Agência Aids e Facebook.
A programação ainda conta com apresentação da exposição “As PositHIvas, onde estão? ”, elaborada pelo Programa de Educação Comunitária CPC 2 HC-FMUSP.
A CAMPANHA
Em janeiro, acontece por todo o país ações de conscientização e celebração à vivência transexual.
O dia 29 foi escolhido como a data oficial da campanha, mas ao longo de todo o mês, poder público, movimento social e sociedade civil se unem para promover ações diversificadas em alusão ao tema.
Ivone de Paula, gerente de Prevenção da Coordenação Estadual de IST/Aids de São Paulo, acredita que a campanha é de extrema importância, pois “têm peso simbólico político, no sentido de mostrar que essa população existe, que ela tem dificuldades e que ainda precisamos avançar em termos de políticas públicas e melhora da qualidade do atendimento em saúde à estas pessoas”.
Ela que é uma aspiradora da educação e da comunicação como estratégias de quebra de estigmas e preconceitos, aposta no diálogo para tratar as questões sociais que contornam a população de travestis e transexuais.
“Quem sabe se a gente falar mais, conseguiremos diminuir o preconceito e a discriminação para com essas pessoas”.
O EVENTO
Responsável pela roda de conversa, Ivone contou que o evento vai acontecer em um formato mais descontraído, sem formalidade e assim, os meninos e meninas convidados se sintam o máximo à vontade para dividirem suas vivências, saberes e expertises, bem como os profissionais suas experiências diárias.
Já confirmaram presença no debate representantes do Conselho Nacional LGBT; da educação, afim de levar o debate para dentro das escolas; da justiça, para que sejam discutidos os direitos que são resguardados, por lei, à essa população; e também profissionais da imprensa. “Convidamos a Agência Aids, que tem essa expertise na hora de comunicar”.
“A causa da aids sempre teve esse jeito de trabalhar, chamando as pessoas. Nem todo mundo sabe de tudo, os nossos saberes se complementam e com as possibilidades das parcerias a gente capitaliza tudo isso e levamos para diferentes espaços as mesmas discussões.”
“O evento é algo simples no sentido de organização, pois será apenas uma roda de conversa, mas se tornará um evento profundo por ser multifacetado, terá várias inserções sociais que poderão dialogar sobre as questões que permeiam a vivência de travestis e transexuais, então esperamos que possamos falar de empregabilidade, diminuição de estigma e discriminação nos espaços, hormonioterapia, entre todas as outras questões que perpassam essas vidas, os serviços e os profissionais. Esperamos que os conteúdos dessas conversas, das falas agreguem em conhecimento, e que possamos ofertar para a população novas ações. Que dessa conversa surjam importantes questões e que possamos pensar o que fazer com isso. Que não seja só um evento, mas que ele tenha desdobramentos”, finalizou.
SERVIÇO
Roda de Conversa sobre vivências trans
Quando: 27 de janeiro
Horário: das 13h30 às 16h30
Local: Rua Santa Cruz, 81 - Vila Mariana
Transmissão ao vivo pela TV Agência Aids
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