Ferramenta hoje quase indispensável ao aumento da eficiência e da produtividade laborais, as inteligências artificiais (IAs) configuram processos de análise de dados que, via desenvolvimento de modelos algorítmicos, emulam a capacidade de execução de tarefas associada a seres inteligentes, como, por exemplo, a tomada de decisões. De potência e de funcionalidade incontestáveis, no entanto, se observada uma aprendizagem enviesada para o tratamento analítico de sistemas informacionais ou de softwares, as IAs poderão reproduzir padrões gênero-raciais ou étnico-religioso-culturais discriminatórios, porque limitados, a respeito da pluralidade das experiências humanas. Neste sentido, além da necessidade do estabelecimento de marcos legais regulatórios quanto ao emprego da tecnologia nas mais diversas áreas - segurança pública e trabalho são algumas -, saiba- se que o alargamento da inclusão e da soberania digitais direcionado a maiorias sociais minorizadas condicionaria, ou poderia condicionar, o fomento à produção de dispositivos e de programas computacionais mais racialmente informados.
No Canal Preto da semana, considerações a respeito das inteligências artificiais e de suas distintas funcionalidades, bem como dos perigos do racismo algorítmico ao aprofundamento das já existentes disparidades socioeconômico-raciais à brasileira.
Fontes de pesquisa: Educamídia, Canal Futura, Época Negócios e Minds Digital.
AGRADECIMENTO:
O Canal Preto agradece à convidada e ao convidado a disponibilidade, o apoio, a confiança e a partilha de conhecimento. Suas falas são a maior referência utilizada na e para a construção de todo o conteúdo publicado ao longo da semana.
Juliane Cintra de Oliveira (Juli Cintra) - Coordenadora da Unidade de Projetos Especiais da Ação Educativa, onde lidera iniciativas focadas em Tecnologia e em Meio Ambiente. Mestre em Direitos Humanos pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-graduada em Cultura, Educação e Relações Étnico-raciais pelo Centro de Estudos Latino-americanos sobre Cultura e Comunicação da mesma universidade. Membro da Diretoria Executiva da Associação Brasileira de ONGs (Abong) e vice-presidente do Grupo de Engajamento da Sociedade Civil do G20, em que participa de discussões sobre justiça racial, democratização do acesso à internet e conectividade significativa.
Doug Alvoroçado - Técnico em Eletrônica, pedagogo, professor, palestrante e formador em diversas áreas. Mestre em Ensino de Educação Básica, pós-graduado em Atendimento Educacional Especializado (AEE) com experiência em surdez, TEA e outras deficiências e intérprete de LIBRAS. Professor orientador no Programa de Apoio aos Sistemas de Ensino para Atendimento à Educação de Jovens e Adultos (PEJA) de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Mídias Digitais e consultor pedagógico. Google Innovator, Microsoft Expert e Apple Teacher.
#ParaTodoMundoVer: no vídeo (plano médio), vemos, nesta ordem de aparecimento, as seguintes pessoas convidadas: Juliane Cintra de Oliveira (Juli Cintra), uma mulher negra de pele retinta e com os cabelos cacheados presos lateralmente em um turbante de tecido branco estampado por motivos florais, veste uma blusa regata branca e usa óculos com uma armação amendoada (sem aros); e Doug Alvoroçado, um homem negro de pele retinta e de cabelos com dreads médios em um penteado lateral, veste uma camiseta preta encimada por uma jaqueta jeans e usa óculos com uma armação quadrada em branco.
Racismo. Ou você combate, ou você faz parte. Qual dos dois é você? #InteligênciaArtificial #RacismoAlgorítmico #CanalPreto
Негізгі бет INTELIGÊNCIAS ARTIFICIAIS E O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS SOBRE A POPULAÇÃO NEGRA
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