Cúrcuma da Série Plantas Aromáticas e Medicinais (vídeo 4)
Açafrão-da-terra - Curcuma longa L., da família botânica Zingiberaceae, é uma planta herbácea aromática conhecida com o nome popular de cúrcuma, açafrão-da-terra, açafrão-da-índia, gengibre-amarelo. É de origem Asiática, provavelmente da Índia, e foi introduzida no Brasil pelos colonizadores. Seu uso é milenar na medicina tradicional da Índia e da China e cultivada nos países tropicais como planta condimentar ou medicinal. Suas flores são pequenas e de cor amarela; os rizomas vêm sendo utilizados como tempero na culinária, na medicina popular e na fitoterapia científica, por suas atividades anti-inflamatória, hipolipemiante, antioxidante, por sua ação colerética, como auxiliar no processo de digestão, entre outras. Os rizomas, depois de higienizados, podem ser usados frescos na alimentação como, por exemplo, temperos em sopas de legumes. Os rizomas secos, na forma de infusão; tintura diluída em água, cápsulas com extrato seco padronizado. O pó pode ser encontrado no comércio como tempero culinário. Mas tem que ser comprado em estabelecimento comercial idôneo, para evitar risco de ter contaminantes. O extrato seco de Curcuma longa contém um conjunto de substâncias denominadas curcuminóides, incluindo a curcumina, a principal responsável pelas diversas ações desta planta. Contraindicações do medicamento fitoterápico: em paciente com alergia à curcumina, ao açafrão, em gestantes, lactantes, crianças, pessoas com cálculos biliares ou obstrução dos ductos biliares, com úlceras gastroduodenais e em caso de tratamento com anticoagulantes.
Nota: Cuidado para não confundir com o açafrão-verdadeiro, Crocus sativus (Iridaceae).
Antes de usar qualquer medicamento fitoterápico, fale com seu médico.
Zedoaria - Curcuma zedoaria (Christm.) Roscoe. Planta herbácea rizomatosa da família botânica Zingiberaceae. Originária da Índia, é cultivada no Brasil para fins ornamentais, medicinais e culinários. Conhecida com o nome popular de zedoaria, gengibre-branco e falso-açafrão, multiplica-se por rizomas que possuem coloração branco-azulado com odor aromático e canforáceo. A colheita dos rizomas do solo ocorre após a floração, quando a planta perde a parte área, época em que os rizomas devem apresentar pimentos azulados; suas folhas são verdes alongadas e apresentam uma nervura principal de cor marrom-vinho e as flores são coloridas, brácteas arroxeadas. A C. zedoaria é utilizada mundialmente, há séculos, na medicina tradicional como digestivo. Consta na literatura etnofarmacológica como estomáquico, expectorante, carminativo, para halitose, para picadas de insetos (uso externo), entre outros usos populares. Os rizomas podem ser utilizados na forma de chá (abafado), tintura, extrato seco. Na sua composição destacam-se: óleo essencial, sesquiterpenos - curcumina e derivados, pigmento azul, amido, resina, sais minerais, entre outros constituintes. Contraindicações: uso contraindicado nos três primeiros meses de gestação, pelas lactantes, crianças e em caso de hipersensibilidade à zedoaria. Antes de usar qualquer fitoterápico, fale com seu médico. Saudações verdes e até o nosso próximo encontro. @lineteharaguchi
Texto e fotos: Linete Mª Menzenga Haraguchi
Revisão de texto: Ruth Weg
Vídeo e edição: Daniel dos Reis, Julia Torres e João Cruz, Ingrid Araujo, Thais Valverde, Henrique Aaraujo e Mariana Passos.
Bibliografia sugerida
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. 2. ed. Brasília, DF: ANVISA, 2021
LORENZI, H.; MATOS F.J.A. Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas. 2. ed. Nova Odessa, SP: Plantarum, 2008
WHO, World Health Organization. WHO monographs on selected medicinal plants. Geneva, Switzerland: World Health Organization, v. 1, 1999.
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